segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Chega um momento em que a gente se dá conta de que, às vezes, para sermos verdadeiros com nós mesmos, precisamos ter o desprendimento para abençoar as tentativas sem êxito, agradecer pelo o que cada uma nos ensinou, e seguir. De que, às vezes, para se reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que sejam, não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta do quanto somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso coração. De que o nosso coração é essencialmente amoroso,o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no território das formas. De que, sabedores ou não, é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de Deus.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Te cuida!

A gente sai de casa para ir numa festa ou para pegar a estrada, e antes que a porta atrás de nós se feche, ouvimos a voz deles, pai e mãe: te cuida. A recomendação sai no automático: tchau, te cuida. Um lembrete amoroso: te cuida, meu filho. A vida anda violenta, mas a gente não dá a mínima para este "te cuida" que a gente ouve desde o primeiro passeio do colégio, desde o primeiro banho de piscina na casa de amigos, desde a primeira vez que saímos a pé sozinhos. Pai e mãe são os reis do "te cuida", e a gente mal registra, tão acostumados estamos com estes que não fazem outra coisa a não ser querer nosso bem e nos amar para todo sempre, amém. No entanto, lembro da primeira vez em que estava apaixonada, me despedindo dentro do carro, entre beijos mais do que bons, com aquele que devia ser um moleque mas para mim era um homem, e um homem estranho, uma vez que não era pai, irmão, primo, amigo ou colega. Depois do último beijo, abri a porta do carro e, antes de sair, ouvi ele dizer com uma voz grave e sedutora: te cuida. Me cuidarei, pode deixar. Me cuidarei para estar inteira amanhã de novo, para te ver de novo, te beijar de novo. Me cuidarei para me tocares com suavidade, para nunca encontrares um arranhão sobre a minha pele. E cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora, cuidarei para não me apaixonar por outro, cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar. Me cuidarei ao atravessar a rua, me cuidarei para não pegar um resfriado, me cuidarei para não ficar doente. Me cuidarei, meu amor, enquanto estiver longe dos teus olhos, nos momentos em que você não pode cuidar de mim. Fica a meu encargo voltar pra você do mesmo jeito que você me viu hoje. É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça porque você me ama e não agüentaria. Claro que me cuido, nem precisava pedir. Te cuida, dissera ele. E eu ouvi como se fosse um te amo. Meses depois, terminado o namoro sem beijos de despedida, saio do carro trancando o choro, ainda que o rompimento tenha sido resolvido de comum acordo. Abro a porta e já estou com uma perna pra fora quando ouço, sem nenhuma aflição por mim, apenas consciênciade que não teríamos mais notícias um do outro: te cuida.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

PRA SEMPRE! ♥

Eu ia te escrever qualquer dia, eu tinha — e tenho — um monte de coisas pra te dizer, aquelas coisas que a gente cala quando está perto porque acha que as
vibrações do corpo bastam, ou por medo, não sei. Mas as coisas todas, externointerno, eram muito difíceis e escuras, eu não tinha condições de mostrar ou dar nada a ninguém que não fosse também escuro, compreende? Eu não queria, eu não quero dar trevas, dor, medo, solidão — eu quero dar e ser luz, calor, amparo.




sexta-feira, 8 de abril de 2011

aqui se faz, aqui se paga (:

Sou indiferente ao seu sofrimento, por você ter sido indiferente ao meu amor. Eu te quis, eu me declarei, eu te esperei, eu me humilhei. Não tive medo de deixar que esse sentimento explodisse dentro de mim. Foi incontrolável, foi forte, foi sincero. Eu não tive medo de te dizer como eu me sentia. Eu me entreguei, eu fui sua por inteiro, de corpo, alma e coração. Enquanto você encenava o tempo todo, e eu cega nada percebia. Tudo que eu te dizia era verdadeiro, e você sorria, me beijava, me amava. Me dando a entender que sentia por mim, tudo que eu sentia por você. Por algum tempo me fez acreditar que meu amor era correspondido. E quando descobri todo o seu fingimento, demorou um pouco para que a minha “ficha caísse”. Foi difícil aceitar que eu amei alguém que não teve sequer consideração por mim. Mas eu consegui reverter, foi muito mais difícil arrancar todo esse amor que deixar ele nascer. Mas eu consegui tirá-lo de mim. Você não deixou que ele nascesse sem a menor intenção de correspondê-lo ? Então, eu fiz questão de que ele morresse dentro de mim, e sem me importar se agora você se machucaria com isso. Foi você quem resolveu me dar valor tarde demais. Não posso dizer que sou totalmente indiferente. Quando digo que não me importo, quero dizer que não ligo que você sofra. Eu até gosto da ideia. Um coração quando é pisado é capaz, sem dúvida, de transformar amor em ódio. E se hoje você sofre, aceite. Ninguém fez isso com você. Foi você quem fez consigo mesmo. O meu desejo agora é que você conviva com isso durante muito tempo. Quero que sofra, que sinta remorso, que se arrependa, e veja que não pode fazer nada para reverter isso. Pareço horrível? Graças a você fiquei assim. Suas atitudes imaturas me deixaram marcas. Agora, o meu corpo eu tenho de volta, e acredite ele nunca mais será seu. Já o meu coração, não é mais o mesmo. Afinal, eu estou sem um pedaço dele. Mas não pense que esse pedaço está com você, ele não existe mais, você o destruiu. E o que restou não é mais capaz de amar de você.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

é o meu grande problema ;/


E você me pergunta, qual o problema? Sabe qual é o problema? É a saudade que ficou de você, são as esmagadoras lembranças do seu sorriso e daquele seu olhar de criança. O problema? O problema é que quando eu deito eu não consigo dormir, é que quando eu olho pra chuva eu choro, mas não por chorar, eu choro por achar que não fui boa o suficiente pra te merecer; O problema é achar que eu não te mereço, é ter vontade de me trancar em um quarto e nunca sair, pra que as pessoas não me perguntem de você e eu tenha que dizer “Ah já passou.” Não, não passou, está tudo aqui, real dentro de mim. O problema é que eu ainda te amo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ser feliz me consome!


Então erga a cabeça, menina, você ainda vai longe. Você é linda do seu jeito, pois Deus não erra.

e felicidade hoje em dia, vale ouro.

Querida, preste atenção. No mundo em que vive, existem milhares de garotos lindos, sapatos de salto alto, festas, bebidas, música, e você ainda prefere ficar aí sofrendo por alguém que não te merece?




Isso não é pedir muito!

Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo.
Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura.
Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”.Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você me liga. Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Poupe-me do trabalho de adivinhar seus pensamentos.Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado.Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Ligue-me quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim ..

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você.

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu, então, saberei dizer quem você mais amou. O amor é equação na qual prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim, você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto." 
O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração, que, sozinhos, jamais poderíamos enxergar. 
O poeta soube traduzir bem quando disse: " Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!" Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu os possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha. 







olhares!

"São os olhos, exatamente os olhos, que eu mais ouço. A vida tem me ensinado, ao longo da jornada, que as palavras muitas vezes mentem. Os olhos, geralmente, não desmentem o que diz o coração."



segunda-feira, 4 de abril de 2011

estou feliz, mesmo sozinha. Esse silêncio é paz.

Quanto tempo nessa vida você acha que precisa pra aprender que o tempo não te dá chances de tentar outra vez? É melhor a gente dar valor, dar carinho, demonstrar amor quando tem chance, depois vai sentir que faz falta e querer reviver. Esse é o seu momento, viva cada instante, quantas coisas você tenta fazer hoje que deveria ter feito antes? Quanto tempo nessa vida, você acha que precisa pra aprender a dizer "muito obrigado, me desculpe, foi eu quem errei."? Como aquele beijo que você me deu antes de ir embora sem dizer adeus, aquele abraço forte que você guardou, a vida logo passa e você nem notou, aquele momento difícil que você passou também valeu a pena, você superou. Um alguém que você conheceu, um amigo pra chamar de seu, a vida vai mostrar, tem coisas que vem pra ficar.


desse medo eu NÃO quero morrer.

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumado. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o meu nome  em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observado em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhado com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus aguentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolido como se fosse líquido, de ser beijado como se fosse líquen, de ser tragado como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesmo logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser o último a vir para a mesa, o último a voltar da rua, o último a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a mim, de ser roubado e pedir de volta. Medo de que eu seja uma canalha, medo de que seja uma poeta, medo de que seja amorosa, medo de que seja uma pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todas em um unica mulher, todas um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que eu morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que eu seja a mulher certa na hora errada, a hora certa para a mulher errada. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que eu inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira me repartir  com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além de mim. Medo de que eu seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que eu não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que eu me vire para não dormir, que eu me acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugado como se fosse pólen, soprado como se fosse brasa, recolhido como se fosse paz. Medo de ser destruído, aniquilado, devastado e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipado e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender minha atenção. Medo da minha independência, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigos. Medo de que eu não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque a séria quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasivo no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das minhas pernas . Medo de soltar as pernas das pernas. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucado, ferido, agredido. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem eu por perto, dos bares e das baladas sem eu por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinho. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinho. Você tem medo de já estar apaixonado.

sábado, 2 de abril de 2011

medo!


Você diz que ama a chuva,mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

razão!


" ... é que Deus fez a cabeça em cima do coração, pra que o sentimento, NUNCA ultrapasse a razão..."

enquanto houver fé!


Mesmo para os descrentes há a pergunta duvidosa: e depois da morte? Mesmo para os descrentes há o instante de desespero: que Deus me ajude. Neste mesmo instante estou pedindo que Deus me ajude. Estou precisando. Precisando mais do que a força humana. E estou precisando de minha própria força. Sou forte mas também destrutiva. Autodestrutiva. E quem é autodestrutivo também destrói os outros. Estou ferindo muita gente. E Deus tem que vir a mim, já que não tenho ido a Ele. Venha, Deus, venha. Mesmo que eu não mereça, venha. Ou talvez os que menos merecem precisem mais. Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. Se tanto amor dentro de mim recebi e continuo inquieta e infeliz, é porque preciso que Deus venha. Venha antes que seja tarde demais.